Minha História

Quero contar minha história através deste blog e com ela incentivar as pessoas que pensam em adotar uma criança, e que por algum motivo sentem algum tipo de insegurança relacionada a este assunto.
 Fui adotada com três anos de idade, e antes disto morava com um casal que possuía muitos filhos, a mulher que me criava na época não estava preocupada com mais uma criança sob sua responsabilidade, então me deixava dormindo pra fora de casa, e pouco me alimentava. Graças a Deus só sei dessas histórias por que ouvi outras pessoas contarem, mas devido ao grande amor que recebi dos meus pais adotivos não me lembro destes acontecimentos.
Meus pais sempre gostaram muito de crianças, e minha mãe nessa época tentava engravidar, porém costumo pensar que ela não conseguia engravidar por que eles tinham que me conhecer… estava escrito! Antes de minha adoção ser legalizada, fui procurada pela minha mãe biológica, pois esta descobriu que eu estava sendo adotada e resolveu ir atrás de mim novamente, porém eu já amava meus pais, e eles já eram meus pais! Lembro que me escondia embaixo da mesa quando ouvia falar neste assunto. Na época meu pai queria fugir comigo pra Argentina, o amor de meus pais por mim era tão grande que era impossível pensar em nos separar. O tempo passou e com muito sacrifício meus pais conseguiram me adotar legalmente e eu ganhei duas irmãs lindas. Não me lembro do que sofri antes de ser adotada, do que passei… mas me lembro da primeira vez que tomei leite na casa da minha avó materna, parecia o leite mais gostoso do mundo, lembro de sonhar com maçãs e lembro do primeiro Natal com a minha família, eu estava tão feliz que olhei pro Céu e vi Papai Noel em seu trenó. Tenho esta cena tão fixa na minha mente que parece que é hoje, não que hoje, aos 28 anos eu acredite em Papai Noel, mas que eu vi – eu vi, neste dia ganhei um tico-tico vermelho, meu primeiro presente de Natal!
Eu sempre soube que era adotada, e isso foi fundamental para que tivéssemos uma vida normal, sempre amei meus pais e minhas irmãs. Eu cuidei delas, quando éramos pequenas rezávamos juntas, e eu cantava para elas dormirem. Hoje elas são mulheres adultas e tenho muito orgulho delas.
Por falar em orgulho, tenho muito orgulho dos meus pais, eles mudaram o mundo! O meu mundo! E hoje eu morreria por eles, não por agradecimento, mas por que os amo de uma forma inexplicável.
quero fazer o mesmo por outras pessoas, por outras crianças. Pretendo, futuramente adotar uma criança que precise ter o seu mundo “mudado” também terei filhos biológicos se Deus permitir, por que é o sonho de toda mulher. Mas peço a Deus que me conceda o dom do amor incondicional, para que eu realmente possa transmitir todo este amor a uma criança.